Uma sessão na Câmara de Vereadores de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, terminou em polêmica após a denúncia de que um parlamentar teve sua água adulterada com laxante. O episódio aconteceu no dia 20 de maio e está sendo investigado pela Polícia Civil e por uma sindicância aberta pelo Legislativo municipal.
Durante a reunião, o vereador que teria ingerido a substância reclamou na tribuna de gosto estranho na água, mencionando sintomas físicos e dizendo que “batizaram minha água, colocaram não sei o quê na água”. Ele ainda afirmou que testemunhas próximas confirmaram a alteração no sabor e solicitou que a garrafa fosse levada à polícia para análise.
“Eu comecei até a tremer ao tomar a água”, relatou.
O presidente da Câmara confirmou que também experimentou o líquido e detectou o gosto alterado. Em vídeo, anunciou a abertura de uma sindicância interna.
“Determinei imediatamente a apuração com seriedade, responsabilidade e imparcialidade. Em levantamentos iniciais, ficou evidenciado o envolvimento de um vereador nesse caso lamentável. Já encaminhei tudo ao Conselho de Ética”, afirmou.
Seis dias depois da sessão, o parlamentar acusado publicou um vídeo nas redes sociais assumindo ter colocado laxante na água do colega. Segundo ele, o ato foi motivado por desentendimentos ideológicos e provocações constantes.
“Ele estava pegando demais no meu pé. Eu pinguei um pouco de laxante para ele sair um pouco da reunião e parar de me perseguir”, explicou.
O vereador minimizou a gravidade da ação, dizendo que laxante “não é veneno”. “Quem fala que é veneno está mentindo. Eu mesmo tomo depois de beber. Fico com a barriga vazia, é um remédio comum”, declarou. Por fim, ele pediu perdão ao colega e à família, alegando estar com a cabeça quente. “Peço perdão, não fiz por maldade. Eu estava desorientado com a pressão que estava sofrendo”, justificou.
A Polícia Civil instaurou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para apurar o possível crime previsto no artigo 132 do Código Penal, que trata de expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente. Um dos envolvidos já foi ouvido e a amostra da água foi encaminhada para análise pericial. Os demais envolvidos serão ouvidos nos próximos dias.
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