A Terra pode enfrentar, até 2030, o ano mais quente já registrado, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (28) pela Organização Meteorológica Mundial (WMO). A projeção indica que, entre 2025 e 2029, a temperatura média global próxima à superfície deve variar entre 1,2°C e 1,9°C acima da média histórica de 1850-1900. Há 80% de chance de que pelo menos um dos próximos cinco anos ultrae os recordes de 2024, que já teve uma média de 1,5°C.

O documento também alerta para mudanças drásticas nos padrões de chuva, com previsão de períodos anormalmente secos na Amazônia e úmidos em regiões como norte da Europa e Alasca. A elevação das temperaturas, segundo especialistas como o pesquisador Gilvan Sampaio, do Inpe, potencializa eventos extremos como enchentes, secas, ondas de calor e chuvas intensas, agravando impactos sociais e econômicos.

A WMO destaca ainda que há 1% de chance de um dos próximos anos ultraar 2°C de aquecimento, o que ultraaria a meta estabelecida no Acordo de Paris. Para cumprir seus compromissos, o Brasil precisa reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, ampliar o uso de bioenergia e restaurar 12 milhões de hectares de florestas.

Fonte: Diário do Nordeste

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