Um incêndio de grandes proporções consome há oito dias o navio Morning Midas, que transportava mais de 3 mil veículos zero quilômetro — entre eles, carros elétricos e híbridos — no Oceano Pacífico, a cerca de 500 quilômetros da costa do Alasca. A embarcação segue à deriva e o risco de naufrágio é considerado iminente.
O fogo teria começado em um dos deques internos onde estavam estacionados 65 veículos elétricos e 681 híbridos de diferentes marcas chinesas. A tripulação de 22 pessoas tentou controlar as chamas sem sucesso e foi resgatada. Ninguém ficou ferido.
De acordo com informações divulgadas pela coluna “Histórias do Mar”, do UOL, a suspeita é de que o incêndio tenha sido provocado por uma falha em baterias de íons de lítio, que podem atingir temperaturas superiores a 2.700°C e dificultam a extinção do fogo. Além disso, a região onde o navio se encontra é remota, o que complica ainda mais a operação de resgate.
Incêncio teve início no compartimento destinado aos automóveis elétricos – Foto: Guarda Costeira Americana
Ajuda internacional tenta controlar a tragédia
Seis dias após o início das chamas, um rebocador da Guarda Costeira dos Estados Unidos chegou ao local e iniciou o monitoramento da embarcação. Com capacidade de lançar jatos de água, o rebocador pouco pôde fazer para conter as chamas.
Dois outros navios de apoio devem chegar nos próximos dias, com a missão de controlar o fogo ou auxiliar no possível naufrágio. No entanto, as autoridades envolvidas não acreditam que o incêndio se auto-extinguirá.
Risco crescente com carros elétricos no mar
Esse é o 12º incêndio registrado em navios de transporte de automóveis nos últimos 10 anos, sendo o oitavo envolvendo veículos elétricos. As baterias de íons de lítio, altamente inflamáveis, estão no centro das preocupações de autoridades e seguradoras, que cogitam restringir a cobertura para esse tipo de carga.
Há suspeitas de que falhas no processo de desligamento das baterias durante o embarque — realizado por meio de sistema “roll-on/roll-off”, no qual os veículos entram rodando — possam gerar faíscas e curtos-circuitos. Também são apontados problemas na fabricação das baterias, o que aumenta o risco de explosões espontâneas.
Enquanto o Morning Midas segue queimando em alto-mar, o caso expõe os desafios e perigos do transporte marítimo de carros elétricos — e acende um alerta global para a logística desse tipo de carga. Acompanhe mais notícias em Visor Notícias.
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Fonte: Visor Notícias
Sobre o autor:
Andrei Talison
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