Ana Estrada, uma psicóloga peruana que se tornou símbolo nacional da luta pelo direito à morte digna, morreu por eutanásia neste domingo (21), conforme anunciou sua advogada nesta segunda-feira. A eutanásia de Ana, que sofria de polimiosite, uma doença degenerativa incurável desde os 12 anos, foi a primeira autorizada pela Suprema Corte do Peru.
Em 2022, a Corte concedeu a psicóloga o direito à eutanásia, após um longo processo legal iniciado por ela em fevereiro de 2021. Ela usava cadeira de rodas desde os 20 anos devido à progressiva fraqueza muscular causada por sua condição. O procedimento foi realizado seguindo o “Plano e Protocolo de Morte Digna” aprovado pelo Seguro Social de Saúde do Estado peruano.
“Ana tornou-se o rosto dessa causa justa que visa defender a dignidade do princípio ao fim e a liberdade de decidir sobre nossas vidas e nossos corpos”, afirmou sua advogada, Josefina Gayoso, em comunicado. “Ela partiu agradecida a todas as pessoas que ecoaram a sua voz”, acrescentou.
A decisão judicial de julho de 2022, que permitiu a eutanásia de Estrada, marcou a primeira vez que a maior instância judicial do Peru reconheceu o direito de uma pessoa morrer com dignidade. A sentença foi aprovada por quatro votos a dois, estabelecendo um precedente para casos futuros.
*Supervisionado por Everton Palaoro
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