A queda nas temperaturas em Santa Catarina marcou o início de uma das temporadas mais aguardadas por pescadores e comunidades litorâneas: a safra da tainha. Neste domingo (1), foi registrado o primeiro grande lanço do ano, com mais de 18 mil peixes capturados em diferentes pontos do estado.

O maior volume foi registrado na Praia de Cima, na Pinheira, em Palhoça, onde foram pescadas 11.560 tainhas, de acordo com Marcelo Alcioni, do grupo IDP Informações da Pesca. Vídeos e fotos feitos por pescadores e moradores mostram as redes cheias e os peixes pulando sobre a água em um dos momentos mais simbólicos do litoral catarinense.

No Sul da Ilha de Florianópolis, os pescadores do Pântano do Sul também tiveram sucesso: 6.700 tainhas foram capturadas. Após a contagem do pescado, o quinhão foi dividido entre os participantes do lanço, em um costume tradicional da pesca artesanal.

Ime nas cotas de pesca

Apesar do bom início, a temporada de 2025 ocorre sob tensão jurídica. O Governo de Santa Catarina teve negado, no último dia 22 de maio, um pedido de liminar contra uma portaria dos ministérios da Pesca e do Meio Ambiente que impõe restrições à pesca de tainha por arrasto. Esta foi a segunda tentativa judicial do Estado, a primeira ocorreu por meio de uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) apresentada ao Supremo Tribunal Federal.

A istração estadual argumenta que a medida federal afeta exclusivamente Santa Catarina, o que motivou o questionamento judicial em defesa da cadeia produtiva pesqueira local.

Período da safra por técnica de pesca

As regras da safra da tainha variam de acordo com a técnica utilizada na captura. Veja abaixo os prazos estabelecidos para cada modalidade:

• Arrasto de praia: permitido de 1º de maio a 31 de dezembro
• Emalhe anilhado: de 15 de maio a 31 de julho
• Emalhe de superfície (até 10AB): de 15 de maio a 15 de outubro
• Emalhe de superfície (acima de 10AB): de 15 de maio a 31 de julho
• Cerco/traineira: de 1º de junho a 31 de julho

Com as redes cheias e o clima favorável, os pescadores seguem otimistas para os próximos meses da temporada. A tainha é símbolo cultural e econômico de Santa Catarina, mobilizando comunidades inteiras e fortalecendo o vínculo entre tradição e sustentabilidade no litoral catarinense.

Confira alguns registros:

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Uma demanda histórica dos pescadores artesanais de Santa Catarina foi finalmente atendida. O Governo do Estado regulamentou o uso da rede feiticeira, apetrecho tradicional da pesca artesanal, pondo fim à insegurança jurídica que há anos afetava milhares de trabalhadores do setor em todo o litoral. A regulamentação foi oficializada por meio da Portaria SAQ Nº 5, de 26 de maio de 2025, publicada pela Secretaria de Estado da Aquicultura e Pesca. Leia mais em Visor Notícias.

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