A detecção precoce do câncer de pulmão tem se mostrado um dos grandes desafios da oncologia moderna. A doença, considerada uma das mais letais do mundo, ocupa o primeiro lugar em mortalidade entre homens e o segundo entre mulheres, segundo dados de 2020 do Ministério da Saúde. Em meio à urgência por diagnósticos mais rápidos, um sintoma físico pouco conhecido vem ganhando relevância: o baqueteamento digital.
Baqueteamento digital pode indicar câncer de pulmão ainda em fase inicial
O baqueteamento digital — ou hipocratismo digital — caracteriza-se por uma modificação anatômica nos dedos. As pontas tornam-se arredondadas, as unhas ficam mais largas, curvadas para baixo e com uma textura amolecida. Ainda que esse sinal possa estar associado a outras enfermidades, como doenças cardíacas ou gastrointestinais, novos estudos mostram uma ligação preocupante com o câncer de pulmão.
De acordo com a entidade britânica Cancer Research, cerca de 35% dos pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas apresentam esse tipo de alteração nas mãos. A relação entre o sintoma e a doença foi identificada ainda na Grécia Antiga por Hipócrates, há mais de dois mil anos, sendo considerado um marco na história da medicina.
Foto: Freepik/Reprodução
Alterações nos dedos escancaram sinais silenciosos do câncer
A presença do baqueteamento digital tem chamado atenção não apenas por sua visibilidade, mas por representar um possível sinal clínico precoce de tumores pulmonares. Médicos afirmam que a detecção do sintoma pode impulsionar exames diagnósticos como a tomografia, o que aumenta drasticamente as chances de cura.
Especialistas destacam que, quando o câncer é identificado nas fases iniciais, as taxas de sobrevida podem chegar a 60%, um número consideravelmente maior do que nos casos detectados em estágio avançado.
Apesar da aparência inofensiva, o baqueteamento digital deve ser levado a sério.
Desinformação e banalização dificultam o diagnóstico precoce
O desconhecimento sobre esse tipo de sintoma é um dos fatores que dificultam o diagnóstico precoce. Muitos pacientes não relacionam alterações nos dedos com problemas pulmonares e acabam procurando ajuda médica apenas quando os sintomas respiratórios se intensificam — como tosse persistente, falta de ar e dores no peito.
Campanhas de conscientização têm reforçado a importância da atenção aos sinais menos óbvios da doença. A recomendação é clara: ao perceber mudanças nas unhas e nos dedos, o ideal é procurar um profissional de saúde o quanto antes.
Tecnologia e observação clínica andam juntas na luta contra o câncer
Com o avanço das tecnologias médicas, exames de imagem, inteligência artificial e biomarcadores têm sido aliados importantes no rastreamento do câncer de pulmão. Ainda assim, a observação clínica permanece crucial, especialmente em regiões com o limitado à medicina de ponta.
A ciência continua a buscar métodos menos invasivos, mais rápidos e íveis para o diagnóstico precoce. Nesse contexto, o baqueteamento digital se revela como um instrumento valioso, sobretudo em ambientes onde a medicina ainda depende fortemente do olhar clínico. Mais informações no INCA.
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Fonte: Visor Notícias
Sobre o autor:
Brunela Maria
Brunela Maria é jornalista desde 2011 e formada pelo Centro Universitário IESB, em Brasília. Trabalhou no Notícias do Dia, em Florianópolis e na Record TV Brasília. Atua como repórter no portal Visor Notícias e também na WebTV desde 2019.
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