Cerca de 61% dos apostadores brasileiros itiram ter usado plataformas ilegais para realizar apostas em 2025. Os dados fazem parte de uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Locomotiva, encomendada pelo Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), que entrevistou dois mil apostadores entre abril e maio.
Pesquisa revela uso predominante de plataformas clandestinas 3t4r4s
O levantamento foi divulgado no mesmo dia em que empresas do setor reagiram ao novo decreto do Governo Federal que aumenta a alíquota de tributação das apostas regulamentadas, de 15% para 18%, a partir de outubro. A medida, publicada pelo Ministério da Fazenda, substitui o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) anteriormente anunciado.
Para representantes das casas de apostas, o novo percentual de tributação afeta a estabilidade jurídica do setor, uma vez que os contratos de outorga assinados com o governo – no valor de R$ 30 milhões por cinco anos – foram firmados com base em uma estrutura tributária diferente. “Estamos em absoluta desconformidade com isso e buscaremos as alternativas para conseguir que a segurança jurídica prevaleça”, afirmou o sócio-diretor da Betsson, André Gelfi.
A pesquisa também indica que entre 41% e 51% do mercado brasileiro de apostas permanece operando na ilegalidade, o que gera perdas significativas aos cofres públicos. A estimativa é de que, apenas no primeiro trimestre de 2025, entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2,7 bilhões deixaram de ser arrecadados devido à atuação das plataformas clandestinas. Em um ano, esse valor pode alcançar R$ 10,8 bilhões.
Falta de controle sobre sites ilegais preocupa autoridades 1s376p
Mesmo com medidas de combate ao uso de sites ilegais, como o bloqueio de domínios por parte da Anatel, o presidente da agência, Carlos Baigorri, itiu a dificuldade de eficácia. “Quando a gente tira um site do ar, eles conseguem utilizar subterfúgios por meio de outras infraestruturas digitais como operadores de DNS público e fugir do nosso bloqueio”, explicou. Segundo ele, cerca de 12 mil domínios já foram retirados do ar.
O setor teme que o aumento da carga tributária, somado à falta de fiscalização eficaz, incentive ainda mais o uso de plataformas não autorizadas e comprometa os avanços recentes na regulamentação do jogo responsável no país. Acompanhe mais notícias em Visor Notícias.
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